Silvio Tendler lança documentário sobre os impactos dos agrotóxicos no Brasil

 

Do MST Nacional (19/07/11)

O Comitê do Rio de Janeiro da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida convida para o lançamento do mais novo documentário de Silvio Tendler: “O veneno está na mesa”.

O filme mostra o perigo a que se está exposto por conta do emprego de agrotóxicos na agricultura, e como este modelo beneficia as grandes transnacionais do veneno em detrimento da saúde da população.

A exibição será no dia 25 de julho, segunda-feira, às 20h, no Teatro Casa Grande.

Depois da exibição do filme (50 min), haverá debate com a participação do diretor, de Letícia Rodrigues da Silva, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Alexandre Pessoa, da Fiocruz.

A mediação será feita pela agrônoma Nívia Regina, do MST-Via Campesina, e integrante da coordenação nacional da campanha.

Sinopse

O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública.

O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os
cidadãos, que consumem os produtos agrícolas. Só quem lucra são as transnacionais que fabricam os agrotóxicos. A idéia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio.

A entrada é franca.

Esse evento faz parte das comemorações dos 45 anos do histórico Teatro Casa Grande que terá, a cada mês, sempre às 20h, uma palestra sobre temas do Brasil e de nossa inserção no mundo.

Não é necessário inscrição prévia: é só chegar antes da hora do início e aproveitar para visitar, no local, a pequena livraria da Editora Expressão Popular (www.expressaopopular.com.br). Estacionamento, PAGO, no Shopping Leblon.

O Teatro Oi Casa Grande (http://oicasagrande.oi.com.br/) fica na Rua Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon.

Organização

Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida – RJ

Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF – http://amigosenff.org.br/site/),

Instituto Casa Grande (ICG – http://institutocasagrande.wordpress.com/)

Jornal de Cultura e Política Algo a Dizer (www.algoadizer.com.br), que está publicando as transcrições das palestras na íntegra.

Esta será a sexta palestra do ciclo que teve o professor Emir Sader em março, João Pedro Stédile, dirigente do MST, em abril, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães em maio, Aleida Guevara em junho e, dia 18 de julho, o reitor da UFRJ Aluísio Teixeira.

Anvisa tem prazo de 90 dias para dizer se Engov e Metiocolin protegem o fígado ou proibir sua comercialização.

06/08/2010 – 18h46

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) terá um prazo de 90 dias para concluir análise dos medicamentos Engov e Metiocolin, comercializados como hepatoprotetores. A decisão partiu da juíza federal substituta Fernanda Soraia Pacheco Costa, da 23ª Vara Federal Cível em São Paulo/SP, que fixou multa diária de R$ 1 mil caso a agência não cumpra o que foi determinado pela sentença.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), autor da ação civil pública proposta contra a Anvisa, os medicamentos Engov, Xantinon e Metiocolin estavam sendo comercializados em desacordo com a Portaria n.º 90/94; eles não são hepatoprotetores (protetores do fígado) como alegam ser, prejudicando o direito do consumidor e a saúde pública, por isso deveriam ser proibidos pela agência.

Para a juíza, o consumidor tem direito à proteção de sua saúde contra os riscos do fornecimento, à informação clara sobre as características do produto e não ser submetido à propaganda enganosa. De outro lado, a Anvisa tem a função de promover a proteção da saúde da população, com diversos poderes legalmente instituídos para essa finalidade.

Quanto às medidas tomadas pela agência depois de ter conhecimento da inadequação dos medicamentos, a juíza ponderou que a análise técnica que vem sendo realizada demanda tempo, “entretanto há mais de quatro anos os fabricantes não adequaram o produto às necessidades do consumo, sem que a ré tenha tomado medidas para evitar sua comercialização”.

Apenas o fabricante do Xantinon, depois de suspensas suas atividades, está atualmente em condições de consumo e de acordo com as normas técnicas. Os outros dois medicamentos ainda não estão adequados. “Por isso, considerando que o processo não pode ficar indefinidamente suspenso, aguardando decisão técnica”, Fernanda Soraia Pacheco Costa condenou a Anvisa a tomar providências junto aos fabricantes para adequação dos medicamentos ou proibir sua comercialização.